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Brasil atrai us$ 2,25 bilhões com títulos sustentáveis em nova emissão

© José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

O Tesouro Nacional concretizou a terceira emissão de títulos soberanos sustentáveis do Brasil no mercado internacional, captando um total de US$ 2,25 bilhões. A operação, realizada nos Estados Unidos, envolveu a emissão de um novo título com vencimento em sete anos, denominado Global 2033 Sustentável, e a reabertura do título Global 2035.

O Global 2033 Sustentável, com data de vencimento fixada para 4 de fevereiro de 2033, teve um montante emitido de US$ 1,5 bilhão. Este título oferece aos investidores juros de 5,75% ao ano, com pagamento de cupom de 5,5% ao ano, distribuído semestralmente em fevereiro e agosto.

Este título, especificamente destinado a financiar projetos de cunho social e ambiental, apresentou um spread de 187,4 pontos-base acima do título do Tesouro dos Estados Unidos. O Tesouro Nacional avalia que este prêmio de risco é historicamente baixo, o que reflete uma percepção positiva do mercado internacional em relação à solidez fiscal do país.

Os recursos provenientes da emissão do título sustentável serão direcionados para despesas elegíveis nas áreas ambiental e social, em consonância com o Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis. O Relatório Pré-Emissão, divulgado em agosto de 2025, indica que a alocação seguirá uma divisão entre 50% a 60% para gastos ambientais e 40% a 50% para gastos sociais, garantindo transparência no processo.

Além do novo título, o governo aumentou em US$ 750 milhões o volume do Global 2035, lançado em fevereiro deste ano. Com este incremento, o título atinge um total de US$ 4,5 bilhões em circulação, considerando todas as emissões. O Global 2035 tem vencimento em 15 de março de 2035 e oferece juros de 6,2% ao ano, com um spread de 210,9 pontos-base sobre os títulos de dez anos do Tesouro estadunidense.

A operação registrou uma demanda aproximadamente três vezes superior ao volume ofertado, atingindo cerca de US$ 6,7 bilhões em ordens. Mais de 150 investidores participaram da emissão, com 74% da alocação final concentrada em investidores da Europa e da América do Norte, incluindo fundos com foco em critérios ESG (ambiental, social e de governança).

O Tesouro Nacional ressaltou que a nova emissão reforça a importância da dívida externa na diversificação da base de investidores e na extensão do prazo médio da Dívida Pública Federal, além de contribuir para a formação de referências líquidas para futuras emissões corporativas brasileiras no exterior.

A operação foi coordenada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs. A liquidação financeira, que marcará a incorporação dos recursos às reservas internacionais do Brasil, está agendada para 14 de novembro.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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