O Brasil está propondo reformas ambiciosas com o objetivo de impulsionar o financiamento climático global, visando mobilizar US$ 1,3 trilhão anualmente até 2035 para auxiliar países em desenvolvimento. A iniciativa, apresentada em meio às discussões preparatórias para a COP 30, a ser sediada no país, busca criar um sistema mais eficiente e equitativo para a alocação de recursos destinados a combater as mudanças climáticas.
O plano brasileiro enfatiza a necessidade de um esforço conjunto, combinando investimentos de fontes públicas e privadas. Reconhecendo que os países em desenvolvimento frequentemente enfrentam dificuldades para acessar o financiamento necessário para a implementação de projetos de mitigação e adaptação, a proposta busca preencher essa lacuna, facilitando o fluxo de capital para iniciativas sustentáveis.
A meta de US$ 1,3 trilhão por ano representa um aumento significativo em relação aos níveis atuais de financiamento climático. A proposta reconhece que, para atingir os objetivos do Acordo de Paris e limitar o aquecimento global a 1,5°C, é fundamental ampliar drasticamente o volume de recursos disponíveis.
O governo brasileiro argumenta que a reforma do sistema de financiamento climático é essencial para garantir a confiança e a participação de todos os países no esforço global. Ao criar um mecanismo mais transparente e previsível, a proposta visa incentivar os países em desenvolvimento a adotarem políticas e práticas mais ambiciosas em relação à redução de emissões e à adaptação aos impactos das mudanças climáticas.
A proposta brasileira deve ser um dos temas centrais de discussão durante a COP 30. O sucesso da conferência dependerá, em grande parte, da capacidade dos países de chegarem a um acordo sobre como mobilizar os recursos financeiros necessários para enfrentar o desafio climático de forma eficaz e equitativa. A presidência brasileira da COP 30 espera que a iniciativa sirva como um catalisador para um avanço significativo nessa área crucial.
Fonte: www.itatiaia.com.br