A aparência moderna e os sabores variados fazem parecer inofensivos, mas os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, representam um sério risco à saúde. A Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria de Saúde, alerta à população sobre os perigos do uso desses dispositivos e oferece grupos de apoio e tratamento.
Diferente do que muitos pensam, os cigarros eletrônicos não são alternativas seguras ao cigarro convencional. Embora tenham aroma, sabor e formato diferentes, eles também são derivados do tabaco e possuem nicotina, a mesma substância altamente viciante presente nos cigarros tradicionais. Além disso, os vapes carregam outras substâncias tóxicas e cancerígenas, como formaldeído, acetona e metais pesados compostos que colocam em risco não só os pulmões, mas o organismo como um todo.
Profissionais da saúde afirmam que o uso frequente de vapes pode causar doenças respiratórias graves, incluindo bronquite, asma e até pneumonias químicas. Já foram registrados casos de lesões pulmonares associadas ao uso desses dispositivos, em uma condição conhecida pela sigla EVALI. Além dos danos respiratórios, os usuários estão mais propensos a desenvolver problemas cardiovasculares, como hipertensão e aumento do risco de infarto. Apesar da embalagem atrativa e da ilusão de que são menos prejudiciais, os cigarros eletrônicos continuam sendo agentes nocivos à saúde.
Seja por meio do cigarro convencional ou dos dispositivos eletrônicos, fumar ainda é uma das principais causas de morte evitável no mundo. Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde de Mariana reforça a importância da conscientização e do combate à cultura do cigarro.
Quer parar de fumar?
Para os moradores de Mariana que desejam abandonar o vício, a Secretaria de Saúde oferece grupos de apoio ao tratamento do tabagismo. Novas turmas serão organizadas conforme a demanda nas unidades de saúde.
Já na Casa Azul, o grupo funciona da seguinte forma: os interessados fazem a inscrição no local e participam de oito encontros semanais, com duração aproximada de duas horas cada. Durante as reuniões, são abordados temas preconizados pelo Ministério da Saúde, com discussões conduzidas por profissionais qualificados. Após os encontros, os participantes recebem sessões de auriculoterapia, uma prática integrativa com evidências científicas positivas no auxílio à cessação do tabagismo.
Além da auriculoterapia, são apresentadas outras práticas integrativas, como fitoterapia, meditação e práticas corporais, todas reconhecidas por seus benefícios nesse processo. Após a conclusão do grupo, os pacientes ainda passam por dois encontros individuais quinzenais, voltados para acompanhamento da evolução e reforço do compromisso de permanecer longe do cigarro.
A Secretaria também fornece gratuitamente os medicamentos padronizados pelo Ministério da Saúde para o tratamento do tabagismo.
Para mais informações e para participar dos próximos grupos, os interessados devem procurar a unidade de saúde mais próxima.
Por Gabriela Cotta
Cigarro eletrônico moda perigosa que pode custar vidas