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Presidente da Samarco critica postura de municípios que rejeitaram acordo

IMPACTO. Não adesão ao acordo pela tragédia de Mariana é criticada pelo Presidente da Samarco.

O Presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, criticou a decisão dos 23 municípios que decidiram não aderir ao novo acordo de reparação pela tragédia do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana.  

“Vejo isso, realmente, com muita tristeza, de a gente não conseguir evoluir nesse processo de reparação. Vejo que existem muitos movimentos ainda que parecem que não querem seguir adiante. Preferem ficar olhando para trás e buscando essas aventuras”, declarou. 

Em entrevista com o Estado de Minas, Rodrigo afirma que ao manterem a ação movida na Inglaterra contra a BHP Billiton, uma das controladoras da Samarco, as prefeituras apostam em uma “aventura jurídica”.  

Entre os que não aceitaram os termos do novo acordo, estão alguns dos mais impactados, como Mariana, Ouro Preto e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A adesão previa a liberação de R$ 6,2 bilhões para os municípios, a serem pagos pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton ao longo de 20 anos. 

Um dos questionamentos das prefeituras que não aceitaram, foi justamente esse modelo de pagamento. “Acho que temos que ver o outro lado da moeda, o lado da perpetuidade de investimentos, de ter 20 anos de investimentos grandes sendo feitos”, afirmou Rodrigo Vilela.  

Com isso, as prefeituras teriam que desistir de qualquer ação judicial contra as empresas, relacionada aos danos já cobertos pelo acordo, o que inclui a ação contra a mineradora BHP Billiton no Reino Unido. 

Mesmo sem 23 municípios, o acordo de mais de R$ 100 bilhões, entre indenizações, obras de reassentamento, reparação ambiental e compensações, ainda está de pé. 

Fonte: Estado de Minas.  

LEGENDA. Rodrigo Vilela em entrevista em entrevista.

Crédito: Jair Amaral/EM/D.A.Press